Os Professores da Nossa Escola continuam a não compreender a obstinação do Ministério da Educação em avançar para um processo de avaliação imediato sem a criação atempada das condições necessárias para que tudo possa decorrer dentro da normalidade.
Após a MARCHA DA INDIGNAÇÃO, que reuniu em Lisboa 100 000 DOCENTES, num evidente indício do descontentamento da classe - a todos os níveis - continuam os sinais de protesto contra a sanha, o delírio legislativo desta equipa minsterial que atulha furiosamente de diplomas as escolas sem dar tempo sequer que estas consigam dar resposta, em tempo útil, às ultimas alterações, efectuando as mudanças necessárias nos Regulamentos Internos, nos Projectos Educativos ou nos Projectos Curriculares de Escola.
Exemplo desses sinais são os artigos que têm saído, quase diariamente nos últimos meses, na comunicação social, como o artigo publicado, no dia 8 de Janeiro de 2008, no Público, pelo Professor Santana Castilho, do Ensino Superior, relativamente às mudanças na legislação sobre a gestão das escolas, no qual este Docente refere «É que o novo diploma torna possível que um professor de qualquer escola, mesmo que seja privada, concorra a director de qualquer outra, pública, mediante "um projecto de intervenção na escola". Que estranho conceito de escola daqui emana! Como pode alguém que não viveu numa escola, que não se envolveu com os colegas e com os alunos dessa escola, que não sofreu os seus problemas nem respirou o seu clima, conceber "um projecto de intervenção na escola"? Não é de intervenção que eles falam. É de subjugação! É a filosofia ASAE transposta para as escolas. Não faltarão os comissários, os "boys" e os "laranjas" deste "centralão" imenso em que a oligarquia partidária transformou o país, a apresentar projectos de intervenção "eficazes", puros, esterilizadores de maus hábitos e más memórias. E este é o único critério, o critério oculto que Sócrates não explicitou: domar o que resta, depois de vexar os professores com um estatuto indigno, de os funcionalizar com uma avaliação de desempenho própria de amanuenses, de os empobrecer com cotas e congelamentos, de os dividir em castas de vergonha. »
Pode ler-se o texto na íntegra aqui.
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